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Letramento racial em instituições corporativas é foco de parceria entre Escola da AJURIS e Instituto Cidadania Cabanellos

Uma parceria na execução de programas e projetos com o objetivo de propiciar maior inclusão social das pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas é o principal foco do convênio assinado na tarde desta terça-feira (30/4) pelas direções da Escola da Magistratura, da Associação dos Juízes do RS (AJURIS) e do Instituto Cidadania Cabanellos. Entre as ações a serem desenvolvidas estão palestras, com parcerias com institutos e universidades, e a realização do curso de letramento racial destinado a instituições privadas e públicas. A proposta do curso é de fazer com que seus participantes compreendam, analisem e interpretem criticamente questões relacionadas à raça a  fim de estabelecer novos padrões de comportamento que sejam verdadeiramente inclusivos e que promovam a igualdade.

A diretora da Escola da AJURIS afirmou que a iniciativa pode ajudar a desenvolver habilidades para reconhecer de forma sensível e eficaz as questões sociais no ambiente de trabalho, melhorar as relações interpessoais e promover uma cultura de respeito mútuo e compreensão. “A Escola da AJURIS tem compromisso com os valores de justiça social e equidade. Integrar um programa de letramento racial ajuda a fortalecer isso. No curso, com profissionais de empresas e práticas sustentáveis, nós pretendemos contribuir para promoção, inclusão e diversidade dentro dessas organizações, podendo levar também ambientes de trabalho mais acolhedores e equitativos para os funcionários de todas as origens raciais”, destacou.

O presidente da AJURIS, Cristiano Vilhalba Flores, lembrou que a Associação e a Escola sempre buscaram liderar a adoção de projetos de ações afirmativas. “Como faz parte de sua história de 80 anos, a AJURIS e a nossa Escola sempre buscaram liderar a adoção de ações afirmativas que visam uma harmonia social, nesse caso com uma parceria que nos honra muito, que é o Instituto Cidadania Cabanellos. Quando falamos de inclusão, falamos de criarmos um ambiente onde haja consciência da sociedade para os recorrentes problemas enfrentados pela população preta, parda e indígena e de somarmos esforços para combater e eliminar essas diferenças”, considerou.

Também signatário da parceria, o presidente do Instituto Cidadania Cabanellos, Luiz Henrique Cabanellos Schuh, falou do pacto social do projeto. “Temos nos nossos valores e princípios a divulgação do conhecimento e a possibilidade de replicar boas práticas. Por isso, essa parceria com a Escola da AJURIS tem como objetivo concretizar essa ligação da instituição de ensino com o ambiente corporativo através do trabalho já realizado pelo Cabanellos. A extensão desse curso à iniciativa privada serve para que as empresas incorporem essa sensibilização do tema racial na sua cultura e pratiquem isso no ambiente de trabalho, impactando diretamente as relações interpessoais”, afirmou.

Em fevereiro, de forma pioneira no país, a Escola da Magistratura assinou Memorando de Entendimento com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para colaborar com o Programa CNJ de Ação Afirmativa. Nesse sentido, o programa também atende os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que requer a implantação de programa de inclusão social no combate a todo tipo de discriminação.

A assinatura do convênio contou com a presença da vice-presidente Administrativa da AJURIS, Helena Ruppenthal Cunha, da diretora do Departamento de Direitos Humanos, Rosana Garbin, do ex-diretor da Escola da Magistratura Jayme Weingartner Neto e da juíza-auxiliar do Conselho Nacional de Justiça Karen Luise Vilanova Batista de Souza. 

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