Notícias

A Escola Oficial da Magistratura

No mês da consciência negra, Escola da AJURIS lança curso gratuito para acesso afirmativo racial à carreira da magistratura

Aumentar a presença de pessoas negras e indígenas entre os magistrados brasileiros é o principal objetivo do novo curso que está sendo lançado pela Escola da Magistratura da Associação dos Juízes do RS (AJURIS). O curso de acesso afirmativo racial à carreira da magistratura será gratuito e com limitação de 20 vagas para alunos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Os estudantes selecionados terão à sua disposição conteúdos específicos que auxiliam no estudo e na preparação do concurso público para o cargo de juiz de Direito, além de um acompanhamento contínuo de um mentor experiente que o ajudará durante esse processo. 

De acordo com o Diagnóstico Étnico-Racial do Poder Judiciário, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 83,8% dos magistrados brasileiros são brancos, enquanto apenas 1,7% identificam-se como pessoas pretas e 12,8% pardos. A diretora da Escola, Patrícia Laydner, uma das coordenadoras do curso, explica que para mudar esses números é necessário mais do que apenas repúdio a esse distanciamento. “Precisamos desenvolver ações afirmativas que incentivem a presença de pessoas negras e indígenas na carreira da magistratura. Não basta nos indignarmos pela ausência, mas sim sermos atuantes para que esse cenário mude nos próximos anos”, afirma. 

O curso, divulgado no Mês da Consciência Negra, também é coordenado pela juíza Flávia Marciano Monteiro. A expectativa é que os estudantes estejam plenamente preparados para enfrentar os desafios dos concursos para a magistratura, contribuindo assim para um aumento significativo na representatividade racial no Judiciário gaúcho. “A importância de iniciativas como essa é justamente dar efetividade para políticas afirmativas. Esse curso que será lançado em breve pela Escola da AJURIS tem como objetivo proporcionar o ingresso desses candidatos por meio de uma preparação de extrema qualidade e global, que pense em todas as fases do concurso e se adeque a realidade de cada um”, destaca. 

Para participar, o candidato precisa ter concluído o curso de graduação em Direito em uma instituição de ensino credenciada pelo Ministério da Educação, se autodeclarar preto, pardo ou indígena conforme o quesito cor ou raça utilizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ter sua autodeclaração como confirmada por comissão de heteroidentificação, formada pela Escola da AJURIS. Além disso, os alunos serão selecionados a partir de uma prova de conhecimentos jurídicos e uma carta de apresentação. O edital completo poderá ser conferido nos próximos dias.

Últimas notícias

A Escola da Magistratura da AJURIS promoveu, nesta semana, mais uma edição do Curso de Atualização para Magistrados (CAM), com foco no Direito da Família. Ao longo de três dias de programação, juízas e juízes participaram de debates sobre temas contemporâneos, como vieses cognitivos

Em uma cerimônia nesta segunda-feira (14/4) em Washington, nos Estados Unidos, a Associação dos Juízes do RS (AJURIS) e a Escola da Magistratura assinaram um acordo de cooperação internacional com a Organização dos Estados Americanos (OEA). O documento foi firmado pelo presidente da AJURIS,

Nesta semana, o núcleo JR da Escola da Ajuris participou do Encontro Nacional de Formadoras e Formadores, em Brasília (DF). A atividade ocorreu na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). No encontro, foi analisado e discutido o plano de formação no