Os participantes do Curso de Atualização de Magistrados (CAM) sobre Inovação, promovido pela Escola da AJURIS de quarta (14/6) a sexta-feira, viveram momentos de contrastes para entenderem como a transformação não apenas tecnológica, mas também de processos e de comportamento, impacta no dia a dia do trabalho jurisdicional.
Na quarta-feira (14/6), durante a abertura do evento na Escola da AJURIS, os magistrados tiveram a oportunidade de conhecer um pouco do passado que servia de ambiente de trabalho das juízas e juízes. Junto ao saguão da Escola foi montada a mostra temporária Gabinete Antigo, uma iniciativa do Memorial do Judiciário do RS. Um gabinete típico dos anos 60 e 70 foi apresentado no local, com móveis e instrumentos de trabalho do passado. Entre eles, um fichário de telefone em papel, máquina de escrever e um gravador de baixo-relevo que timbrava o papel de uso oficial com o brasão do Tribunal de Justiça. Ao se dirigir aos participantes na abertura do CAM, a diretora da Escola da Magistratura, Patrícia Laydner, lembrou que toda aquela estrutura usada para análise e despacho dos processos hoje foi substituída por um telefone celular que está ao alcance de todos e agiliza o andamento da atividade jurisdicional.
Os magistrados-alunos conviveram com o outro extremo do passar do tempo na quinta-feira, durante as atividades no Instituto Caldeira, onde ocorreu parte do encontro de qualificação. O instituto, instalado na Zona Norte de Porto Alegre, é um hub de referência no Estado em inovação e empreendedorismo, agregando no mesmo espaço empresas e entidades que buscam inovar em suas práticas não apenas em suas atividades econômicas, mas também em seus propósitos e seu relacionamento com a sociedade. Uma das atividades do CAM foi o detalhamento e a análise do funcionamento do ChatGPT, que produz conteúdo de diferentes áreas a partir do uso da inteligência artificial. No final do dia, a conselheira Salise Monteiro Sanchotene, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fez a palestra de encerramento das atividades, falando sobre as políticas de inovação do CNJ e o uso da plataforma Renovajud.